No DN de sexta-feira divulgava-se
uma iniciativa da Câmara de Leiria que desenvolve um programa de apoio a
famílias com crianças com deficiências profundas. Estão empenhados estudantes
do ensino superior em regime de voluntariado.
Apesar de não conhecer com
profundidade os contornos do programa parece-me algo de positivo e a merecer
divulgação.
A vida das famílias e das pessoas
com deficiência é uma contínua prova de obstáculos, sem fim e, por vezes,
inultrapassáveis, sobretudo ao nível das atitudes e das políticas em vários
aspectos da vida diária. Muitas vezes vivem de forma isolada as suas enormes
dificuldades, sem apoios próximos, exaustos, desgastados, sem relações de
suporte familiar, sem tempo e sem esperança e inquietos com o futuro.
É verdade que existem iniciativas
e movimentos com origem nos próprios pais que procuram minimizar estas
dificuldades, caso das associações Pais em Rede ou Contramão, por exemplo, assumindo
formas de suporte e luta por melhores respostas às crianças e jovens, bem como
às famílias. No fundo, trata-se de uma luta por direitos.
Neste universo, para além das respostas
eficazes e competentes nas áreas de necessidades, a construção de redes que
funcionam como suporte, apoio, partilha e voz é um contributo verdadeiramente
importante.
Na verdade, precisamos
urgentemente de construir ou reconstruir comunidades, não só de pais, que
funcionem em rede.
Também não é uma utopia, é
"só" entendermos que assim deve ser.
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