Há alguns dias, a propósito da última crónica no Público
escrita por José Vítor Malheiros em que referia a sua dispensa interrogava-me “Quo
vadis Público?” .
Escrevi na altura que o Público está a mudar, demasiado para
a minha capacidade de suportar a mudança. Resisti a José Manuel Fernandes,
tentei resistir a David Dinis mas não vou continuar. Hoje soube da dispensa de
Paulo Moura e de Alexandra Lucas Coelho.
Sou, era, leitor do Público desde o primeiro número,
colaborei muitas vezes e com muito orgulho em peças de vários jornalistas e elaborei
vários textos de opinião.
A minha relação com o jornal, por favor não se riam, era de
tal maneira sólida que apesar de ter a assinatura digital continuava a adquirir
a edição em papel, precisava de no fim do dia ter o jornal nas mãos para mais
uma leitura.
A chegada de David Dinis trouxe alterações, opções
editoriais em que não me revejo, a dispensa de gente como José Vítor Malheiros,
Alexandra Lucas Coelho ou Paulo Moura que me fazem desligar desta relação apesar
de continuarem no jornal pessoas cujo trabalho respeito.
Não sei o que pretende David Dinis. Se pretende
transformar O Público numa réplica do Observador, vem tarde e falta-lhe a transparência, o
Observador desde o início disse ao que vinha.
Se dar cabo do jornal, tal como o conhecemos for o objectivo, julgo que está no bom caminho.
Mas não vou participar.
São 27 anos de caminhada. Lamento terminar, insisto, por pessoas que lá continuam mas chega.
Meu caro Público, foi um gosto. Vamo-nos cruzando por aí, uma vez por outra, numa vista de olhos a que um leitor compulsivo não consegue fugir, mas ... já não é o meu jornal.
Ponto.
1 comentário:
PORTUGAL.Tudo normal. O sipaio David Dinis “doutorou-se” como criado de luxo (assessor) do poder e, agora, está a pagar a sua “escolha” para director.
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