O DN faz hoje referência a
algumas escolas de diferentes zonas do país em que devido ao frio as condições
de trabalho para alunos, professores e funcionários são insustentáveis. Os
testemunhos são elucidativos.
De facto, como muitas vezes tenho
referido, para a festa, como a ex-ministra da educação, Maria de Lurdes
Rodrigues chamou à intervenção da Parque Escolar nas escolas portugueses, não existiram
convites suficientes. Uma espécie de revisita à história da Gata Borralheira
sem um fim bonito, a fada não apareceu.
Muitas escolas ficaram de fora do
processo de requalificação enquanto noutras a intervenção teve níveis de
desperdício significativos ligados, por exemplo, a opções mais do que duvidosas
sobre equipamentos e acabamentos.
Felizmente o clima é ameno
conforme a imagem que vendemos de Portugal. No entanto, não é sempre ameno e
estes dias provam isso mesmo.
Ter alunos embrulhados em mantas,
com dificuldades em suportar o frio dentro das salas, com os professores na
mesma situação não é o melhor ambiente de sala de aula, justifica um alerta
vermelho.
Alunos que estão mal não podem
aprender bem. Umas vezes porque lhes falta calor, outras porque lhes falta sustento outras porque lhes sobra o frio.
Eu sei que podemos dizer que
existem picos ou alterações inesperadas para as quais nem sempre podemos estar
preparados.
No entanto, em Janeiro são
normais os dias frios, a situação que atravessamos não é anormal.
Anormal é não conseguirmos que os
miúdos estejam com um mínimo de bem-estar e disponibilidade numa sala de aulas
com os professores a fazer acontecer o que se espera, aprender a ser gente. De
bem, é claro.
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