sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

APRENDIZAGEM CONGELADA

O DN faz hoje referência a algumas escolas de diferentes zonas do país em que devido ao frio as condições de trabalho para alunos, professores e funcionários são insustentáveis. Os testemunhos são elucidativos.
De facto, como muitas vezes tenho referido, para a festa, como a ex-ministra da educação, Maria de Lurdes Rodrigues chamou à intervenção da Parque Escolar nas escolas portugueses, não existiram convites suficientes. Uma espécie de revisita à história da Gata Borralheira sem um fim bonito, a fada não apareceu.
Muitas escolas ficaram de fora do processo de requalificação enquanto noutras a intervenção teve níveis de desperdício significativos ligados, por exemplo, a opções mais do que duvidosas sobre equipamentos e acabamentos.
Felizmente o clima é ameno conforme a imagem que vendemos de Portugal. No entanto, não é sempre ameno e estes dias provam isso mesmo.
Ter alunos embrulhados em mantas, com dificuldades em suportar o frio dentro das salas, com os professores na mesma situação não é o melhor ambiente de sala de aula, justifica um alerta vermelho.
Alunos que estão mal não podem aprender bem. Umas vezes porque lhes falta calor, outras porque lhes falta sustento outras porque lhes sobra o frio.
Eu sei que podemos dizer que existem picos ou alterações inesperadas para as quais nem sempre podemos estar preparados.
No entanto, em Janeiro são normais os dias frios, a situação que atravessamos não é anormal.
Anormal é não conseguirmos que os miúdos estejam com um mínimo de bem-estar e disponibilidade numa sala de aulas com os professores a fazer acontecer o que se espera, aprender a ser gente. De bem, é claro.

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