Lê-se no JN que segundo as
associações e organismos dos consumidores e de doentes, os doentes crónicos e pessoas
com deficiência são fortemente penalizadas pelas seguradoras no acesso a
seguros de saúde e de vida.
Nada de estranho, a actividade
seguradora é um negócio e quanto menos riscos melhor. Dito de outra forma, mais risco atribuído, mais caro o acesso.
A questão é de outra natureza, é
os custos para muita gente insuportáveis que as situações de maior
vulnerabilidade implicam.
Será provavelmente ingénuo embora
simpático quere acreditar que os mercados deveriam ser solidários e socialmente
empenhados.
O problema é da comunidade,
nosso, e das diferentes lideranças.
Estudos e relatórios recentes têm
demonstrado que, para além das dificuldades mais objectiváveis, ainda se
verificam enormes custos sociais, não quantificáveis facilmente, envolvidos na
vida destes cidadãos e que têm impacto no contexto familiar, profissional,
relacional, lazer, etc.
Creio também que é justamente no
tempo em que as dificuldades mais ameaçam a generalidades das pessoas que se
avoluma a vulnerabilidade das minorias e, portanto, se acentua a necessidade de
apoio e de políticas sociais mais sólidas, mais eficazes e, naturalmente, mais
reguladas.
Os números sobre o desemprego nas
pessoas com deficiência são dramaticamente elucidativos desta maior
vulnerabilidade. A vida de muitas pessoas com deficiência é uma constante e
infindável prova de obstáculos, muitas vezes intransponíveis, em variadíssimas
áreas como mobilidade e acessibilidade, educação, emprego, saúde e apoio
social, em que a vulnerabilidade e o risco de exclusão são enormes. Assim
sendo, exige-se a quem decide uma ponderação criteriosa de prioridades que
proteja os cidadãos dos riscos de exclusão, em particular os que se encontram
em situações mais vulneráveis.
As pessoas com deficiência e as
suas famílias, bem como outros grupos mais vulneráveis ou fragilizados fazem
parte deste grupo.
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