O Expresso faz referência a um estudo realizado na Universidade de Coimbra que sugere a existência de má
qualidade ambiental no universo de escolas do 1º ciclo que foram estudadas.
Nada de novo, recordo que em 2014
também a DECO encontrou falta de qualidade ambiental num estudo que envolveu 23
escolas.
O ambiente em que se vive e respira nas escolas é de facto uma matéria importante e estes estudos apenas comprovam o
que já sabemos, apesar de algum desanuviamento mais recente a qualidade do
ambiente, do clima, nas escolas continua, por assim dizer, em alerta vermelho.
Apesar de sucessivas afirmações
de normalidade por parte dos responsáveis o ambiente, o clima, vivido nas
escolas nos últimos anos, sobretudo a partir da passagem da festiva Maria de
Lourdes Rodrigues e com o consulado de Nuno Crato na 5 de Outubro, degradou-se
produzindo desânimo, desmotivação, cansaço, stresse e burnout. A degradação
ambiental associou-se também à saída antecipada de milhares de professores
mesmo implicando a perda significativa de condições económicas que, aliás,
afectaram todos os docentes.
Situações como as que têm afectado os docentes, o número de alunos por turma em algumas escolas, a concentração excessiva através da política de mega-agrupamentos, a qualidade de alguns espaços e equipamentos que não couberam na "festa" da Parque Escolar, a falta de auxiliares e técnicos, etc, são também contributos para as alterações climáticas e degradação ambiental no universo escolar.
Acontece que como os estudos e a experiência sugerem o clima institucional é uma das variáveis mais associadas à qualidade de trabalho das instituições, incluindo as escolas.
Neste cenário de degradação
climática são de esperar medidas de protecção ambiental que promovam climas e
ambientes de aprendizagem que sejam tão saudáveis, serenos, despoluídos e
inclusivos quanto possível.
É uma questão de futuro.
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