Por iniciativa habitual da Porto
Editora decorreu o processo que levou à escolha da palavra do ano.
A eleição, apesar da baixa taxa
de participação adoramos eleições, teve como resultado que para 2016 a palavra
mais votada foi “geringonça”. Bem escolhida. Também resultou de uma eleição e
de uma solução política inédita.
Em 2009 tivemos “esmiuçar”, em
2010 “vuvuzela”, em 2011 “austeridade”, em 2012 “entroikado”, em 2013 “bombeiro”,
em 2014 “corrupção”, em 2015 “refugiado” e agora “geringonça”.
À distância é curioso olhar para
as palavras que foram sendo escolhidas ao longo dos anos e tentar perceber o
significado dessa escolha.
E a propósito do significado e da
escolha das palavras representativas de um tempo recordo a "Invenção do
Dia Claro", em que Almada Negreiros dizia, "Nós não somos do século
de inventar palavras. As palavras já foram inventadas. Nós somos do século de
inventar outra vez as palavras que já foram inventadas”.
Talvez fosse mesmo boa ideia
inventar outra vez palavras já inventadas e que, creio, não constam da lista
final da qual que sairá a palavra do ano.
Estou a pensar em como seria
interessante inventar outra vez, desta vez mais a sério, palavras como
solidariedade, equidade, justiça, ética, seriedade, humildade, democracia,
dignidade, inclusão, tolerância, etc.
A ver vamos.
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