Segundo o Expresso cerca de
quatro mil alunos em várias escolas continuam a ter aulas em contentores.
Trata-se do rescaldo da festa.
Era, é, reconhecido por toda a
gente a necessidade de modernização do parque escolar, em algumas situações
inaceitavelmente degradado, pelo que o processo desencadeado sob a
responsabilidade da Parque Escolar merecia concordância, independentemente da
agenda político-partidária que gere os discursos das lideranças políticas.
A verificada derrapagem nas
contas de muitas das obras relacionadas, que se não estranha em Portugal, têm
sido apenas e lamentavelmente a "rotina" das obras geridas por
capitais públicos. No caso particular da recuperação e modernização de edifícios
escolares, a avaliação do que foi realizado foi mostrando algo que muitas
pessoas que conhecem as escolas tinham como claro, o desajustamento de algumas
soluções técnicas, o novo-riquismo saloio de alguns equipamentos e materiais, o
custo exorbitante de manutenção que as soluções adoptadas implicam, etc.
Estas opções, a “Festa” como lhe
chamou Maria de Lourdes Rodrigues, e a política contabilística da equipa que se
seguiu na 5 de Outubro comprometeram o desenvolvimento do programa com
consequências muito negativas em várias escolas que ainda continuam em eternas
obras com milhares de alunos com aulas em contentores e em edifícios sem
qualidade mínima.
Sublinho que a recuperação do
parque escolar e o equipamento moderno das escolas era, é, uma exigência no
sentido de dotar alunos, professores e funcionários de condições de trabalho
que sustentem a qualidade que todos desejamos, não é um privilégio que se
concede à comunidade escolar.
Agora que estamos no rescaldo da
festa as facturas são elevadas, escolas que continuam com obras por concluir ou
mesmo por iniciar, escolas degradadas escolas com obras paradas há anos,
escolas sem manutenção face à intervenção de que foram alvo.
E não acontece nada? Não existem
responsabilidades?
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