A lida profissional trouxe-me
desta vez para um pouco mais longe, para os Açores, na Ilha de São Miguel. Recebi
um generoso convite para partilhar com professores algumas ideias sobre "Educação
Inclusiva".
Tenho a convicção de que o
convite decorre de uma genuína vontade de reflectir sobre esta questão, educação
inclusiva. Confesso, no entanto, que estou aflito e preciso da vossa ajuda.
Que poderei dizer sobre Educação
Inclusiva num tempo em que a Educação, no sentido mais nobre e vasto do termo,
está revista em baixa, transformando-se cada vez mais em Aprendizagem de
competências instrumentais normalizadas e que de Inclusiva tem muito pouco?
Logo de muito novos os miúdos
começam a passar por sucessivos crivos, exames escolares ou Classificações de
outra natureza, identificam-se os miúdos por etiquetas, "repetentes",
"dificuldades de aprendizagem", "necessidades educativas
especiais permanentes", "hiperactivos" "autistas",
etc., agrupam-se os miúdos com base nessas etiquetas, do ensino vocacional, às
unidades ou escolas de referência e guetizam-se por espaços, entre a escola e
as instituições, de novo e cada vez mais.
Que poderei eu dizer sobre isto?
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