"São coisas do mundo, só se podem ver ao longe", diziam
os Heróis do Mar num velho tema, Fado,
que estou a ouvir numa onda de revivalismo. Agora, tempo em que as coisas do
mundo, todas as coisas, estão perto, demasiado perto, a ideia faz ainda mais
sentido.
As coisas demasiado perto
invadem-nos, ocupam-nos, esmagam-nos, empurrando-nos umas vezes para cima,
empurrando-nos outras vezes para baixo, mas sempre roubando a lucidez do olhar
e do pensar.
Deixamos, então, de entender as
coisas do mundo.
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