"Professores divididos sobre o que deve ser um exame de Matemática"
Como tenho referido, os exames constituem-se, do meu ponto
de vista, como uma arma privilegiada da gestão política do universo da
educação.
Neste contexto, através da "modulação", por assim
dizer, da sua dificuldade, poder-se-á influenciar os resultados no sentido
esperado e mais favorável a interesses de circunstância. Este entendimento
minimiza o impacto das análises comparativas e está também patente na discussão
recorrente e nem sempre consensual sobre o grau de dificuldade e adequação dos
exames como se está a verificar com o de Matemática.
Por outro lado e não sendo um especialista na matéria, creio
que a construção de um exame no que respeita aos conteúdos, forma e natureza, extensão ou
grau de dificuldade, decorre do objectivo ou objectivos desse exame e relativiza-se à perspectiva a partir da qual se olha para esse exame. Daqui decorre, provavelmente diferente entendimendo da Associação dos Professores de Matemática e da Sociedade Portuguesa de Matemática. De facto, um exame
destinado a identificar os alunos excelentes numa determinada disciplina ou um
exame que avalia as competências esperadas nessa disciplina no universo total dos
alunos com o objectivo de os ordenar, não serão, evidentemente, iguais.
Neste cenário complexo julgo que a discussão do que será um “bom
exame” dificilmente será conclusiva, de ângulos diferentes vêm-se coisas
diferentes.
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