A lida profissional levou-me
desta vez para o Meu Alentejo. Poisei em Aljustrel para participar numa
iniciativa da Associação Pais em Rede, um movimento cívico que congrega
fundamentalmente, mas não só, pais de pessoas, maiores ou menores, com
necessidades especiais.
Umas notas breves.
Em primeiro lugar, a afirmação
recorrente e significativa de que a educação de qualidade deve ser para TODOS e
TODOS devem, tanto quanto possível, aprender, crescer e participar juntos nas
comunidades educativas.
Não é moda, não é privilégio, é
uma questão de direitos que não são de geometria variável.
Não é uma utopia, é algo de uma
simplicidade e realismo absolutos e simples de enunciar, os miúdos devem estar
juntos e participar nas actividades da comunidade da forma que conseguem,
acomodando as diferenças entre si, entre todos.
É também e de facto uma questão
ideológica como todas as dimensões da vivência humana, pois envolve valores,
não é uma questão "meramente"
técnica, científica ou pedagógica.
Uma outra ideia prende-se com o
envolvimento dos pais nestas questões e muito para além da acção, muitas vezes
difícil, com os seus próprios filhos. Neste sentido, a construção de redes que
funcionam como suporte, apoio, partilha e voz é um contributo verdadeiramente
importante.
Na verdade, precisamos
urgentemente de construir ou reconstruir comunidades, não só de pais, que
funcionem em rede.
Também não é uma utopia, é
"só" entendermos que assim deve ser.
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