Paulatinamente, mas mesmo muito devagarinho, vão-se conhecendo episódios desta eterna e certamente inconclusiva saga tóxica, conhecida pelo “O negócio dos submarinos”. Hoje foi conhecida a sentença dos dez arguidos neste processo relativo à trapalhada das contrapartidas. E os arguidos foram ... isso mesmo, absolvidos. Provavelmente existirão recursos pelo que novos desenvolvimentos ocorrerão, seguramente com o mesmo fim, a absolvição.
Nada de extraordinário, do meu ponto de vista, as investigações estavam comprometidas à partida, estamos em Portugal. Relembro que na Alemanha, o pessoal envolvido neste esquema já foi julgado e condenado, na Grécia o processo desenvolveu-se com a acusação dos responsáveis e nós por cá, como de costume, andámos aos papéis com eles desaparecidos e realizamos umas investigações, julgamentos e "indiciações" que ninguém acreditaria que terminassem com alguma condenação, ou seja, tal como acontecia nas nossas míticas batalhas navais jogadas nas aulas, não passam de tiros na água.
De forma curiosa e mais preocupante, é que estes tiros na água abrem mais um rombo no casco do porta-aviões da confiança dos cidadãos na justiça e em boa parte da classe política.
Acresce que, de quem se espera que seja parte da solução é, na verdade, parte do problema, resultado, justiça ao fundo.
1 comentário:
A frota é de papel os soldadinhos são de chumbo e a justiça não existe, ou quando existe faz sua prova de vida nos fracos.
E o povo de brandos costumes fica impávido e sereno ou vai fazer compras ao PINGO DOCE.
VIVA!
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