Para os dados que o cidadão comum, o meu caso, possui, o cancelamento do concurso para a instalação de oito Campus da Justiça e da anulação de outro parecem ajustados.
De facto, a opção pela reabilitação de edifícios públicos parece mais racional e económica, permitindo a libertação de meios ou recursos que minimizem o mau funcionamento do sistema de Justiça.
A forma com a política anterior entendia a gestão das instalações ao serviço do sistema de justiça aparenta ser mais uma versão das tão divulgadas parcerias público-privado, ou seja, um excelente negócio privado alimentado com dinheiros públicos.
O que me parece preocupante é que esta atitude não se estenda, por exemplo à renegociação ou denúncia, avaliando custos, de outras parcerias da mesma natureza como no universo dos transportes ou da área da saúde.
Sabemos dos custos imensos que ao longo de muitos anos as finanças públicas vão suportar com negócios que asseguram os lucros a distribuir pelos parceiros privados, sendo que esses lucros são, na face da moeda virada para os contribuintes que alimentam o estado, um enorme e infindável prejuízo.
Talvez os parceiros na área dos transportes ou da saúde tenham um peso que os parceiros envolvidos na questão dos Campus da Justiça não têm. Para nosso mal.
Uma nova questão em que se pode falar de equidade, termo de que o Governo ainda não descobriu o significado ou, outra hipótese, sabe o significado mas opta pelos interesses que entende defender, os privados, “as usual”.
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