terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PERDER O COMBOIO

Estamos a aproximarmo-nos rapidamente do final do primeiro período escolar. Por esta altura com a realização dos últimos testes e trabalhos começa a perceber-se o provável resultado do trabalho desenvolvido por alunos, professores e pais que se traduz, de forma telegráfica mas muito significativa, no número que aparecer nas pautas.
Neste contexto, não é rara a constatação de que alguns alunos começam, como por vezes se diz, a "perder o comboio" ou, noutra versão, a "não acompanhar".
Esta situação não será de estranhar, os miúdos são diferentes, os professores são diferentes, as famílias são diferentes, etc. A grande questão é o que fazer com os que estão a "perder o comboio" e é por aqui que surgem as grandes dificuldades. O que em muitas circunstâncias existe quer de vontade, quer de meios, quer de organização é manifestamente insuficiente e ineficaz. Os resultados ainda muito pesados de insucesso no final do ano não podem, evidentemente, ser explicados unicamente pela falta de qualidade ou dotes individuais dos alunos, traduzem fundamentalmente, a falta de eficácia do trabalho produzido por todos, independentemente, do esforço ou empenho que muitos dos envolvidos, alunos, professores e pais possam colocar no que fazem.
Parece assim necessário que as escolas tenham meios, dispositivos e modelos de organização que de facto ajudem os que agora começam a "perder o comboio".
Se assim não for, para muitos deles o comboio já não vai passar outra vez, perdem-no irremediavelmente.

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