quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

UM HOMEM CHAMADO NINGUÉM

Era uma vez um homem chamado Ninguém, como o nome era assim um bocado estranho, começaram a chamar-lhe Zé, o Zé Ninguém. Era um rapaz muito discreto, metido consigo, quase não se dava por ele. A escola, foi um sacrifício que não cumpriu totalmente, saiu cedo destinado a qualquer coisa que a vida lhe colocasse à frente e que lhe permitisse viver como o Zé Ninguém imaginara, como pouco mais que nada.
Como há destinos que se cumprem, o Zé Ninguém conseguiu ir vivendo com pouco mais do que nada. Bom, tinha uma família, mas a família do Zé Ninguém também passou a ser Ninguém, e todos passaram a ter pouco mais que nada.
Os filhos, tentando contrariar o destino que o pai cumpriu, procuravam fazer qualquer coisa para deixar de ser Ninguém, mas sempre aparecia alguma coisa ou um Alguém que lhes lembravam que eram Ninguém. E Ninguém continuaram.
Era uma vez um homem chamado Ninguém, como o nome era assim um bocado estranho, começaram a chamar-lhe Zé, o Zé Ninguém. Era um rapaz muito discreto, metido consigo, quase não se dava por ele. A escola foi um sacrifício que não cumpriu totalmente, saiu cedo destinado a …
Não vale pena continuar. A história de um Zé Ninguém é sempre igual à história de outro Zé Ninguém.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sim, sim é daqueles reforços circulares muito difíceis de quebrar!