quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A IGREJA E A CONDIÇÃO FEMININA

O Cardeal Patriarca de Lisboa avisa, cuidado com os muçulmanos, as meninas europeias correm o sério risco de arranjar um monte de sarilhos ao casarem-se com a gente de Alá. Apesar de defensor do diálogo inter-religioso D. José Policarpo, alerta para as especificidades religiosas e para as suas implicações, por exemplo, ao nível da condição feminina. É importante este aviso e esta preocupação.
Estranho, no entanto, posições da igreja desfavoráveis ao divórcio quando, manifestamente, a família não funciona e estranho o entendimento de que as pessoas divorciadas percam “direitos” de natureza religiosa. Estranho o imobilismo face à discriminação do acesso das mulheres ao sacerdócio. Estranho o silêncio sobre maus-tratos e violência doméstica dirigidas a mulheres, á luz do princípio de que “há que proteger a família”. Estranho as posições da igreja face à interrupção voluntária da gravidez e da contracepção, que, frequentemente, estão na base de situações de grande sofrimento para as mulheres e, eventualmente, para muitas crianças.
É velha a presunção de superioridade religiosa, apenas se actualizam os discursos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Acho que D.José Policarpo é retrógrado mas não é burro nem estúpido.

De facto o problema coloca-se.

Abraço
A.C.

Anónimo disse...

Acho que muitas religiões são responsáveis diretas pela opressão e infelicidade das mulheres.
Dando ao homem total liberdade de viver intensamente e à mulher meros seres sem direitos e vontades, a santa mulher intocável do altar ou a puta. Não havia meio termo. A religião colocou um cabresto nas mulheres e eu acho ótimo que hoje,as mulheres mesmo errando,estejam abrindo seus caminhos e sendo autoras de suas próprias vidas. Na maioria das religiões são os homens que dirigem a população e colocam nela,senso de pecado em tudo,aprisionando principalmente as mulheres.
Acho um absurdo as mulheres terem que se cobrir completamente porque os homens não conseguem se controlar,faz tempo que saímos dos tempos das cavernas,o homem de hoje não pode agir como o troglodita,burro,instintivo e insensível.Ele não é um animal,é um ser evoluído e racional,se a mulher consegue se conter,porque ela também tem desejos,o homem também pode.
E se não se contém é porque foi criado num comportamento machista e preconceituoso que lhe permite desrespeitar a mulher.
A mulher tem o direito de se vestir como quiser e o mundo o dever de respeitá-la.