sábado, 24 de janeiro de 2009

O NATAL CHEGOU TARDE MAS VEIO

A oposição recebeu agora, com algum atraso, a sua melhor prenda de Natal. Depois de umas prendas com uma qualidade duvidosa, a liderança de Manuela Ferreira Leite no PSD por exemplo, este processo agora caído na agenda da comunicação social, do licenciamento do Freeport, é uma dádiva natalícia serôdia, cuja importância ainda nem sequer é possível avaliar. Como é evidente e tanto quanto se sabe, não está provado qualquer procedimento ilegal por parte do Primeiro-ministro. Também é evidente que um qualquer indivíduo não pode ser responsabilizado por acções de familiares seus, mesmo quando, parece ser o caso, evocam a sua condição de familiares para obterem algum dividendo.
Duas questões em aberto, sobre as quais tenho alguma curiosidade. Em primeiro lugar, qual o resultado das investigações em curso e as consequências políticas de eventuais envolvimentos em procedimentos menos lícitos sobretudo quando se aproxima um triplo período eleitoral. A segunda questão remete para forma como as oposições gerirão este caso, ou seja, não estando provado, ou enquanto não estiver provado, qualquer comportamento ilícito por parte do Primeiro-ministro, veremos se as oposições conseguem resistir à tentação de aproveitarem com habilidades e insinuações de duvidosa qualidade ética toda a situação. Em Portugal temos pouquíssimos exemplos de dignidade ética em processos políticos e em todos os partidos. Vamos a ver.

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