sábado, 3 de janeiro de 2009

FORMAR? PARA QUÊ? CERTIFICAM-SE

É sabido que, apesar dos constrangimentos actuais no mercado de trabalho, as áreas tecnológicas mantêm níveis mais altos de empregabilidade do que as chamadas áreas sociais ou de humanidades. Sabe-se também que, devido à demissão da função reguladora da tutela, se verifica um enviesamento na oferta de formação. Este enviesamento vai, por razões óbvias, “custos de produção”, em sentido contrário à capacidade de absorção do mercado, ou seja, maior oferta nas áreas de mais difícil empregabilidade.
Neste quadro, estranha-se as dificuldades porque passam as Escolas Tecnológicas que providenciam formação tecnológica especializada, complementar e não concorrente da formação superior. A situação é tanto mais incompreensível, quando é reconhecido o alto nível de empregabilidade dos formandos destes cursos, superior a 80%. O modelo de creditação e financiamento são inadequados e atrasados pelo que, já estamos habituados, são parte do problema e não parte da solução.
Com mais competência, eficácia, apoio e promoção de programas de formação desta natureza, promovia-se maior e melhor formação, mais adequada e com maior nível de empregabilidade. A consequência é que eventuais candidatos, ao parece são muitos, acabam por cair, claro, no Novas Oportunidades, que, politicamente é mais rentável e mediatizado, certificam-se rapidamente, enquanto nas escolas os indivíduos são formados, um processo que, como se sabe, demora mais tempo e custa mais dinheiro.
São opções.

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