sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

NEM ÉTICA, NEM PUDOR

A seriedade intelectual e o estofo ético de algumas figuras do nosso jardim são ainda capazes de me surpreender. Jorge Coelho, presidente executivo da Mota-Engil expressa sérias reservas face ao apoio do governo a alguns sectores da actividade económica. Convertido ao liberalismo, o socialista Jorge Coelho acha que “se tem de garantir a normal concorrência do funcionamento do mercado”. Por mim tudo bem, é a sua opinião de gestor abalizado e convertido à santificação do funcionamento do mercado e da sua função reguladora.
O mais interessante é que esta figura é presidente do grupo Mota-Engil que detém a Liscont, empresa que conseguiu a prorrogação do prazo de exploração do terminal de contentores de Alcântara, SEM concurso público, até 2042. Como costumo dizer, nem ética nem pudor.
Um dos bons exemplos do Portugal dos pequeninos.

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