sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

AINDA OS "INTERESSES PARTIDÁRIOS DE OCASIÃO"

O Primeiro-ministro não gostou que deputados do PS votassem favoravelmente uma proposta do CDS-PP, são contra alianças com o CDS-PP e agora votam em aliança com este partido. Aconteceu que o PS, é governo, foi o único partido a rejeitar a proposta em discussão. Mas também aconteceu que o PCP, não só votou ao lado dos Verdes, como votou ao lado do PSD, do Bloco e do CDS-PP contra o PS. Também deve dizer-se que o PSD e o CDS que não alimentam coligações entre si, se aliaram na votação e também votaram com o PCP, o Bloco e os Verdes contra o PS. Deve também registar-se que os Verdes, não só votaram com o PCP, como também votaram ao lado do CDS-PP, do PSD e do Bloco contra o PS. Finalmente, a voz das esquerdas novas, o Bloco, votou aliado ao CDS-PP, ao PSD, ao PCP e aos Verdes contra o PS. Confuso? Não, política à portuguesa, ou numa fórmula recentemente criada, a prevalência dos “interesses partidários de ocasião”.
Nesta matéria, estou mesmo em crer que os únicos que pensaram no conteúdo do que estavam a votar, foram mesmo os deputados que, embora desagradassem ao querido líder, votaram na proposta sobre a questão da avaliação.
A propósito, o modelo, ou o que resta dele, é mesmo mau, não serve uma avaliação competente e necessária, e em vez de ser uma ferramenta imprescindível para promover qualidade na educação, transformou-se numa, mais uma, arma política, numa guerra cujos efeitos colaterais atingirão, adivinhem, os putos.

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