A imprensa refere hoje um
trabalho interessante realizado por um investigador da Universidade de Trás-os-Montes
e Alto Douro sobre o espaço de recreio das escolas.
No universo estudado e de uma
forma breve os espaços de recreio são insuficientes na dimensão, insuficientes
no equipamento que possuem para o desenvolvimento de actividades por parte dos
alunos e de baixa qualidade, com poucos espaços verdes.
Eu acrescentaria que também carecem
de supervisão mais eficiente considerando o número de alunos que a reordenação
da rede escolar, designadamente nos mega-agrupamentos, implicou em muitas
escolas e os riscos em matéria de bullying e insegurança.
Muitas vezes tenho referido que
os espaços de recreio são importantes espaços educativos, aliás, muitas das
nossas memórias da escola, boas e más, passam pelos recreios. Esta importância
é reforçada pelo tempo sem fim que muitos alunos passam na escola e, naturalmente,
nos espaços de recreio.
Sabemos também do baixo nível de
actividade de boa parte das nossas crianças e jovens e os riscos do
sedentarismo pelo que espaços qualificados e equipados com materiais e
equipamentos convidativos motivariam certamente a actividade dos utilizadores.
Neste sentido, a qualificação
destes espaços nas várias dimensões e a existência de pessoal deveriam ser
também uma matéria com alguma prioridade. Talvez alguns dos recursos que foram gastos
de forma pouco justificada na “festa” da Parque Escolar pudessem ter melhor uso
na qualificação dos espaços de recreio.
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