quarta-feira, 27 de setembro de 2017

A CARTA DE MARINHEIRO NO FINAL DA ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA

As campanhas eleitorais são sempre uma enorme fonte de ideias, projectos, promessas, etc. que nos enchem de esperança e fazem sonhar.
Li no DN que Assunção Cristas quer promover em Lisboa no âmbito do desporto escolar uma “geração oceânica”. Isso mesmo, uma geração oceânica.
A ideia passa pelo envolvimento dos alunos das escolas da capital na prática de desportos náuticos e pela obtenção da carta de marinheiro no final da escolaridade obrigatória.
E que vão fazer com a carta de marinheiro? Irão “encontrar no mar uma área interessante para desenvolver as suas actividades”. Muito bem.
Foi pena a ideia só surgir agora. Teria sido oportuno introduzi-la quando foi discutido o Perfil do Aluno do Séc. XXI. Agora está fechado e não consta do conjunto de competências a adquirir pelos alunos no final da escolaridade obrigatória a “carta de marinheiro”. É lamentável que assim seja, sobretudo num país de marinheiros e onde tanta gente mete água. Claro que a escola pode continuar a engordar as suas competência, depois de conquistar o mar iremos conquistar o ar, segue-se o "brevet", começando nos papagaios e nos "drones" e acabando na aviação comercial ou, porque não,. nos "Canadair" e nos "Kamov" de combate aos incêndios.
Não é o caso de Assunção Cristas que, evidentemente, não mete água. É uma visionária que nos imagina de novo por esses mares fora a dar novos mundos ao mundo e a ultrapassar o Cabo das Tormentas.

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