O Governo tem com alguma
frequência afirmado a intenção de promover escolas inclusivas de segunda
geração. Aliás, já no programa do PS constava tal objectivo. Ontem, com
referência discreta na comunicação social, foi divulgada a aprovação em
Conselho de Ministros das Grandes Opções do Plano para 2018 e lá aparece a
referência à promoção de uma escola inclusiva de segunda geração.
Como já afirmei, os problemas e
dificuldades existentes nas escolas de primeira geração criam-me alguma curiosidade e
expectativa sobre escolas inclusivas de segunda geração.
Como muitas vezes afirmo não
acredito numa escola inclusiva, nada do que diga respeito a humanos é
verdadeiramente inclusivo pelo que a escola também não o pode ser, a sociologia
e a experiência demonstram-no desde que existe escola.
Acredito, isso sim, e é um trajecto
em que estou envolvido há décadas, que possamos ir construindo contextos
educativos assentes em princípios de educação inclusiva. Dito de outra forma,
estando todas as crianças jovens em idade escolar na escola que todos
frequentam, acredito e defendo que temos em cada momento e em cada escola
identificar e contrariar processos de insucesso e de exclusão que se instalam
pelas mais variadas razões, a deficiência é apenas uma delas.
Este caminho tem como base ser,
estar, aprender, participar e pertencer.
Este caminho, é fundamentalmente matéria de
direitos e não exclusivamente de opções políticas ou científicas.
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