No Observador encontra-se um trabalho
interessante que assinala os 85 anos do LEGO, as famosas peças de plástico.
O meu primeiro contacto com este
brinquedo foi, creio, há mais de 50 anos, uma garagem com dois pequenos
“carochas” que um amigo do meu pai me trouxe de uma viagem ao estrangeiro.
Naquele dia o LEGO começou a fazer parte da família, até hoje.
Do meu ponto de vista é o
brinquedo perfeito. A sua utilização é intuitiva permitindo que o manual de
instruções ou a supervisão de alguém só possa ser necessária para réplicas mais
sofisticadas. Os bebés com peças LEGO na versão Duplo nas mãos rapidamente
entendem a forma como se brinca. Dispensa manual de instruções a não ser para replicar construções.
Contrariamente a muitos outros
brinquedos, os LEGO é mesmo interactivo, qualquer de nós, mais pequeno ou
mais velho, transforma um monte avulso de peças coloridas naquilo que entender.
Por isso uma outra característica, a imaginação, é o limite de uma brincadeira
com peças LEGO que a alimentam e estimulam.
É também um brinquedo que permite
“trabalhar” em conjunto na construção das mais variadas estruturas.
Uma outra característica muito
interessante é o que agora se chama de “amigável”. Quando pegamos em algumas
peças LEGO é difícil evitar começar a brincar e experimentar o que aquele
conjunto de peças permite fazer.
Os meus netos, cada um de sua
forma e capacidade, já estabeleceram uma relação de amizade com os Legos,
aliás, boa parte das peças que estão lá por casa já acompanharam o meu filho.
Por enquanto ainda só lidam com os Duplos mas o caixote com as peças clássicas
aguarda a sua vez
Por vezes, os adultos, esquecem
este notável brinquedo e deixam-se seduzir por coisas de bem pior qualidade mas
que, aparentemente, são muito modernos e atractivos.
Lamento, digo-o aqui muitas vezes
e contrariando algumas vozes que por aí andam, que os miúdos brinquem pouco,
com o LEGO, por exemplo.
É que as pessoas, algumas pessoas,
esquecem que brincar é a coisa mais séria que as crianças fazem.
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