sábado, 2 de setembro de 2017

CONTINUAMOS LIXO, MAS MENOS LIXO, OBRIGADO SENHORES

As agências de “rating”, abutres sem alma gerem um deus chamado mercado, transformam em lixo o que e quem muito bem entendem à luz dos seus objectivos de saque imoral e escandaloso, criando milhões de pobres, esses sim assumindo a condição de lixo.
Estas agências são cabeças de um polvo que as alimenta e que delas se alimenta, transformam países em lixo, empresas em lixo, bancos em lixo com critérios que, frequentemente, nem os especialistas entendem mas que a alguém certamente servem.
A Moody’s, tal como a Fitch em Junho, vem agora generosamente dizer que somos menos lixo do que éramos mas … continuamos lixo, temos é um “outlook” positivo, percebem?
Recordo que em Maio, um responsável da terceira grande agência de abutres, a Standard and Poor's, afirmou que “A recuperação da economia portuguesa é impressionante, mas ainda é preciso perceber se é sustentável". Assim sendo será preciso muita prudência para nos tirar do “lixo”. É impossível ouvir esta gente e as suas classificações sem um sobressalto, é indigno.
Face a esta prudência e reserva talvez fosse de recordar que a Standard and Poor's notou com o máximo, AAA, o Lehman Brothers dias antes do seu colapso em 2008 com as consequências que bem conhecemos. Naturalmente que à agência que promoveu tão rigorosa e sustentada avaliação não aconteceu nada, não foi prudente, não avaliou “provas”, a nós e a muitos milhões de outras pessoas a quem tudo é cobrado, acontece tudo.
Para essa gente, nós, portugueses, também somos e continuamos lixo, os nossos bancos são lixo, as nossas empresas são lixo, enfim, vamos esperando pela reciclagem de que os abutres ditam as regras e com as quais continuarão a sacar.
Como diz o povo, só à vassourada, mas não é só no lixo, é nos abutres que nos transformam e tratam como lixo.

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