A Direcção-Geral de Estatísticas
da Educação e Ciência divulgou as “Estatísticas da Educação 2105/2016".
Uma rápida leitura dos dados
relativos às taxas de conclusão por anos, ciclos e níveis de ensino permite
perceber que subiram em todos estes planos.
Antes de se desencadearem os
testes de paternidade relativamente à responsabilidade pela subida importa considerar que neste âmbito a única ilação
possível é que o trabalho de alunos e professores foi melhor sucedido. Considerando o que se passa em todos os anos de escolaridade também creio que esta subida não estará contaminado por algum "adubo" que o faça crescer de forma mais artificial, por assim dizer.
É ainda de realçar que apesar da subida,
o 2º ano e e o 7º ano continuam com taxas de retenção elevadas. Os alunos parecem
travados em anos intermédios tentando “melhorar” os resultados nos anos terminais
de ciclo onde alguns dos alunos chumbados e com trajectos de insucesso podem já
nem participar na avaliação externa. Esta situação merece reflexão e intervenção mais particulares.
Estou a olhar para o copo meio
cheio assinalando a subida mas importa não esquecer que globalmente as taxas de
retenção anda são elevadas, que a retenção só por existir não melhora
resultados e que a retenção continua a evidenciar uma marca de “classe”, atinge
mais os alunos com textos familiares menos favorecidos. A tradição
ainda é o que era.
Os dados mostram, pois, que o
caminho está a ser feito mas que muito ainda está por fazer. Assim, as
políticas educativas caminhem no sentido desejado, apoios atempados e
competentes a dificuldades de alunos e docentes, recursos adequados, diferenciação
de práticas e formas de organização e funcionamento sustentadas na autonomia de
escolas e docentes, desburocratização, etc.
O futuro exige-o.
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