Hoje cumprem-se quatro anos desde que entrei pela primeira vez no mundo encantado, no mundo mágico da
avozice.
Esta mudança de geração tem sido
uma bênção em cada dia que passa e contribui decisivamente para cumprir a
narrativa de um Homem de sorte, eu.
Às vezes, quando brincam ou quando
dormem, fico assim a olhar para eles, para os meus netos, o Grande neto grande,
o Simão, que nasceu há quatro anos e o Grande neto pequeno, o Tomás, com pouco
mais de um ano. Ponho-me a imaginar que viagens irão fazer.
Nessas alturas sinto-me assim …
desculpem lá o atrevimento... um anjo da guarda.
Na verdade, que mais deve ser um
pai ou um avô que não um anjo da guarda.
Às vezes, não sabemos, não
percebemos, não queremos ou não podemos.
Mas é bonito.
A magia da avozice recorda-me, já
aqui o contei, a fala de um Velho de Cabo Verde, amigo do meu amigo Amílcar,
que dizia a propósito do quanto gozava a sua condição de avô, "Se soubesse
que ter netos era assim, tinha tido os netos antes dos filhos".
Acho curiosíssima e elucidativa
deste mundo mágico, ser avô.
No entanto, a ordem das coisas é
a ordem das coisas, cresce um filho até ser Gente, vai crescer um neto até ser
Gente.
E eu por perto por mais algum
tempo. Muito, espero.
Sem comentários:
Enviar um comentário