Ouvi com atenção a entrevista do Professor David Justino, presidente do CNE, ao JN.
Abordou pontos e defendeu ideias
que me parecem importantes e necessárias e que muitas vezes aqui tenho referido mas é daquelas alturas que fico com uma sensação estranha e de cansaço.
Destacou a autonomia das escolas,
assumindo, por exemplo, a constituição das turmas, são as escolas que conhecem
os alunos e defendeu a necessidade de formação de todos os professores em matérias
relativas à intervenção com alunos com NEE, bem como a necessidade de rigor nos
processos de avaliação das NEE.
Parece-me ainda importante o seu entendimento de que deve ser repensado o modelo de avaliação e práticas de retenção,
recordou a lógica de ciclo e não de ano de escolaridade que está definida ainda
pela Lei de Bases do Sistema Educativo para o ensino básico.
E referiu também a inaceitável
existência de um “mercado de notas” que envolve a avaliação interna no ensino
secundário em que tendo em vista o acesso ao ensino superior as notas são inflacionadas.
Tudo aspectos pertinentes e, do
meu ponto de vista, ajustados.
Uma pequena nota, gostava ainda
mais de ter ouvido estas ideias e, sobretudo, a sua concretização entre 2002 e
2004.
Eu sei que tudo tem o seu tempo e
cada tempo a suas circunstâncias mas já sabemos isto há tanto tempo.
Daí este meu cansaço.
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