Afinal caiu a ideia de que o
Ensino Politécnico possa atribuir o grau de doutor mesmo que seja um grau de natureza “profissionalizante”,
seja lá isso o que for.
Depois de ter admitido essa
proposta há poucos dias e dadas as reacções negativas a coisa parece que vai
ficar por assim mesmo. Um clássico em política, atira-se o barro à parede a ver
se cola, não colou.
No quadro actual era algo de
manifestamente desajustado, aliás boa parte dos Politécnicos dificilmente teria
condições para atribuição do grau.
Continuo a insistir que o
essencial, mas evidentemente mais difícil politicamente, é a reorganização da
rede e a análise do papel do ensino superior universitário e politécnico num
país com a nossa escala e com uma rede, pública e privada, altamente
sobredimensionada.
Porque não a transformação dos
Institutos Politécnicos em Universidade com a integração e diversificação da
tipologia da oferta? Porque não o aprofundamento de associações ou consórcios
que racionalizassem a oferta, em vez de todos a fazer tudo ou quase tudo, numa
dispersão por vezes redundante para a nossa escala e a introdução de mais
“oferta” com contornos pouco claros?
Este caminho de “meia licenciatura”,
“meio mestrado” ou um “meio doutoramento”
que, ao que parece caiu, é mais fácil, vai ao encontro das necessidades
estatísticas, mas coloca dúvidas relativamente à sua eficácia e à manutenção de
uma rede manifestamente desajustada e mais pesada em termos económicos, a que
acresce ainda o subsistema privado, universitário e politécnico.
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