O Senhor Arcebispo está enganado, por assim dizer e para ser simpático.
A liberdade de escolha, seja lá isso o que for, será uma questão ideológica, os contratos de associação têm nada a ver com liberdade de escolha.
O estabelecimento de contratos de associação quando não existe resposta pública ou é insuficiente constitui uma forma legalmente definida e mantida quando necessário de cumprir o direito à educação consagrado constitucionalmente.
Financiar estabelecimentos de ensino privado quando existe na mesma zona resposta pública suficiente é alimentar negócios privados com dinheiros públicos.
Os negócios privados sujeitam-se às regras da oferta e da procura não ao dinheiro público dos contribuintes.
O Senhor Arcebispo sabe evidentemente que assim é, os contratos de associação aplicam-se em 3% do universo dos colégios privados. Campanha?! Questão ideológica?! Totalitarismo?! É muito feio mentir e nem lhe fica muito bem falar de totalitarismo.
Insisto numa dúvida. Nunca dei conta da preocupação do Senhor Arcebispo nem da Conferência Episcopal Portuguesa com os muitos milhares de crianças que foram deslocalizados devido ao encerramento das suas escolas e a concentração de alunos em Centros Educativos e mega-agrupamentos e, tão pouco, com o destino de milhares de professores que em consequência de políticas educativas que mais pareciam políticas contabilísticas foram empurrados para fora do sistema.
Estava distraído Senhor Arcebispo? Também não acompanha a imprensa?
No entanto, como Senhor também afirma, não se inquiete em excesso, em devido tempo chegarão algumas notícias, a mão que tira também é a mesma mão que dá.
Vamos ver.
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