Uma das ideias mais propaladas durante esta atípica campanha para as presidenciais tem sido a "ausência" de campanha por parte de Marcelo Rebelo de Sousa. Na verdade, tem sido evidente embora em mudança que Marcelo Rebelo de Sousa começou por se limitar a gerir a campanha que já tinha feito durante décadas na comunicação social.
Na sua perspectiva, quanto menos falasse melhor e a passadeira vermelha estaria estendida. Acontece que, sobretudo a partir do debate com Sampaio da Nóvoa que lhe correu mal, o cenário parece ter-se alterado e Marcelo sente que tem de "pedalar" mais do que pensava.
No entanto, a tal "ausência de campanha" é manifestamente exagerada.
Marcelo Rebelo de Sousa tem vindo a contar com a prestimosa ajuda de uma imprensa amiga que apoia com clareza um dos "seus" e dos seus interesses. Para além deste apoio são ainda frequentes os ataques ou a sua cobertura a Sampaio da Nóvoa o candidato que mais pode contrariar a pré-determinada vitória de Marcelo Rebelo de Sousa.
A primeira página de hoje do Correio da Manhã vem aumentar o nível tóxico desta campanha nos ataques pessoais a Sampaio da Nóvoa enquanto no Observador passa uma bem elaborada entrevista de Marcelo Rebelo de Sousa que promove claramente a sua candidatura.
Não são exemplos novos, o Expresso tem também realizado um notável trabalho na promoção de Marcelo Rebelo de Sousa.
Sampaio da Nóvoa carrega o pecado original da independência e da cidadania e um posicionamento ideológico claro traduzido numa visão para Portugal e para os portugueses.
Acredito que seja esse pecado original que o transforma num alvo constante mas também acredito que é essa independência, cidadania e visão que o tornarão Presidente da República.
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