E pronto, hoje está de serviço
Paulo Rangel para anunciar e analisar o “desastre educativo” que já está a acontecer e vai
abater-se sobre Portugal em virtude das alterações introduzidas pelo ME.
Paulo Rangel, tal como Guilherme
Valente, José Manuel Fernandes ou Vasco Pulido Valente integram um restrito
grupo de pessoas com um enorme volume de investigação e pensamento sobre o
mundo da educação, em particular no ensino básico. É, aliás, conhecida a sua
fortíssima e longa ligação a este universo, o seu conhecimento profundo da
realidade pelo que a sua opinião é sempre um farol que nos ilumina.
Como já afirmei, as alterações
verificadas têm virtualidades mas não são perfeitas e alguns aspectos merecem,
aliás, sérias reservas sendo que matérias importantes como apoios a alunos e
professores, conteúdos e organização curricular, autonomia das escolas,
dimensão de turma e das escolas para evitar os mega-problemas criados pelos
mega-agrupamentos, são apenas algumas das dimensões que exigem reflexão e
ajustamentos.
No entanto a prosa desta gente,
mascarada por referências pouco relevantes que procuram dar um carácter de “saber”,
não passa de um conjunto de achismos ignorantes, preconceituoso e,
evidentemente, dentro da agenda ideológica que é nítida apesar das máscaras.
Tal como os outros iluminados,
Paulo Rangel de um total desconhecimento do que é a educação no ensino básico e
secundário e num exercício de arrogância consentido pela ignorância perora o “desastre
educativo”.
Como há dias escrevi, renovo a
afirmação de que, sem particular contentamento, não tenho de há muito qualquer
fidelização partidária e que tudo o que afirmo se inscreve no que, com base no
que sei e penso, me parece ser um caminho de qualidade na educação para todos,
sublinho, para todos. Também sei que tudo pode ser discutível e é assim que
deve ser.
Não argumento relativamente ao texto de Paulo Rangel, primeiro porque já o fiz recorrentemente neste espaço e, segundo, porque quem pensa como ele recusa considerar qualquer outro entendimento ou argumentação. É assim porque decidem que é assim, a arrogância da ignorância.
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