quinta-feira, 4 de junho de 2015

OS MILHÕES DO FUTEBOL

A imprensa de ontem, de hoje e, provavelmente, dos próximos dias coloca em forte destaque a "transferência" do "mestre da táctica", Jorge Jesus, do Benfica para o Sporting. Ao que consta, o valor do salário pode chegar aos seis milhões por ano num contrato de três anos, embora, como é habitual, nunca este tipo de informação seja validada. O "mestre da táctica" será, diz-se, substituído por Rui Vitória, treinador do Vitória de Guimarães a quem o Benfica, dizem, terá de pagar um milhão de euros pela rescisão do contrato do treinador.
Embora a informação não seja confirmada, como não poderia sê-lo, também corre que os milhões envolvidos resultam de investimentos, gosto deste eufemismo, angolanos e da Guiné-Equatorial, o mais recente país com o português como língua oficial.
Devo confessar que continuo perplexo com a facilidade e disponibilidade com que nos tempos que correm se movimentam milhões, muitos milhões, neste negócio que não se percebe muito bem como se alimenta, as assistências nos estádios estão em queda, o mercado publicitário em recessão e a economia no mesmo cenário sendo que também é conhecido o volume dos passivos da esmagadora maioria, para não dizer a totalidade, dos clubes, nacionais ou estrangeiros.
No entanto, o circo da compra e venda de jogadores e treinadores continua a envolver muitos milhões, não parou, não pára e compõe regularmente as páginas dos jornais, em particular nestes próximos tempo, o defeso, ou a janela de transferências como se diz em futebolês.
Sempre que falo de futebol reafirmo a minha paixão incurável pelo jogo mas, sem demagogia, estes negócios e os valores movimentados, no contexto em que ocorrem e com os actores que envolvem, chegam a ser insultuosos quando olhamos à nossa volta.
O mundo é mesmo um lugar estranho.

1 comentário:

não sei quem sou... disse...

Estranho Porquê ?! O povo português está viciado em fome, em brandos costumes, pacatez, sensatez e medo do desconhecido. Desde 1139 que é assim, com a excepção da ínclita geração.Aliás, eu penso que em Portugal sempre existiu, sem excepção, dois problemas nucleares: "O dos que comem demais e o dos que comem de menos".


VIVA!