"Durão lembra "cultura de excelência" promovida nas escolas antes do 25 de Abril"
Para refrescar a memória do Dr. Durão Barroso que elogiou a "cultura de excelência" das escolas antes do 25 de Abril, vou recordar-lhe de forma
breve a escola do meu tempo, o tempo de antes de 1974, anos 50 e 60.
Não me esqueço, antes pelo contrário, que a nossa educação,
a escola, como tudo o resto, atravessa um período complicado e com problemas
muito sérios, mas só a falta de memória, o desconhecimento ou valores que não
subscrevo sustentam o “antigamente era melhor”. Vou-vos falar um pouco da
escola do meu tempo, conversa de velho, já se vê.
Na escola do meu tempo nem todos lá entravam e muitos dos
que conseguiam saíam ao fim de pouco tempo, ficando com a segunda ou terceira
classe, como então se chamava. Chegava.
Na escola do meu tempo os rapazes estavam separados das
raparigas.
Na escola do meu tempo não entravam os miúdos ... diferentes, por assim dizer.
Na escola do meu tempo havia um só livro e toda a gente aprendia apenas o que aquele livro trazia.
Na escola do meu tempo havia um só livro e toda a gente aprendia apenas o que aquele livro trazia.
Na escola do meu tempo levavam-se muitas reguadas,
basicamente por dois motivos, por tudo e por nada.
Na escola do meu tempo, ensinavam-nos a ser pequeninos,
acríticos e a não discutir, o que quer que fosse.
Na escola do meu tempo eu era “obrigado” a ter catequese,
religiosa e política.
Na escola do meu tempo aprendia-se que os homens trabalham
fora de casa e as mulheres cuidam do lar e dos filhos.
Na escola do meu tempo não aprender não era um problema,
quem não “tinha jeito para a escola, ia para o campo”.
No tempo da minha escola, quem mandava no país achava que
muita escola não fazia bem às pessoas, só a algumas. Ao meu pai perguntaram porque
me tinha posto a estudar depois da quarta classe, não era frequente naquele
meio.
Na escola do meu tempo não se falava do lado de fora de
Portugal. Do lado de dentro só se falava do Portugal cinzento e pequenino. Na
escola do meu tempo eu era avisado em casa para não falar de certas coisas na
escola, era perigoso. As pessoas até podiam ser presas.
Sim, eu sei, não precisam de me dizer que a escola deste
tempo ainda tem muitas coisas parecidas com a escola do meu tempo.
Mas o caminho é melhorar a escola deste tempo não é, não
pode ser, querer a escola do meu tempo.
Percebeu Dr. Durão Barroso?
Sim, eu sei, não está de acordo.
Não é grave, será apenas uma das várias diferenças entre
nós.
2 comentários:
Uns acrescentos curtos.
Durão Barroso é um contorcionista moral e político. Senão vejamos: Líder da Federação de Estudantes Marxistas-Leninistas. Militante assanhado do MRPP (Maoísta)e ladrão de mobílias das instalações da Faculdade de Direito de Lisboa e que foi obrigado a devolve-las a mando do seu actual líder do partido, Arnaldo de Matos. Viragem política de 180% quando aderiu a partido de direita (PSD). FUJÃO do mais alto cargo da governação do País, quando o País já estava em dificuldades e lhe acenaram com cargo Europeu de mais prestígio e dinheiro.
Eu pergunto: Qual é o povo, REPITO, O POVO, que pode confiar num homem destes?!
VIVA!
E ainda se apanha professores, hoje, a pensar e escrever o seguinte:
"Hoje nem alunos universitários resolveriam os testes que eu dava como professor no 10.º ano."
?!!?
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