No ano dedicado à pobreza uma referência à pobreza no feminino. Entre as mulheres idosas o risco de pobreza é de 24% e nos homens de 19%. No universo das famílias monoparentais, 90% das quais tuteladas por mulheres, o risco de pobreza é de 39% e duas em cada quatro famílias monoparentais encabeçadas por mulheres são pobres.
Entre as mulheres mais idosas e sós a taxa de saída da situação de pobreza é 60% abaixo da população total.
Sabemos também que as mulheres portuguesas são das que mais tempo trabalham fora de casa e das que mais discriminação salarial sofrem para tarefas semelhantes. A este quadro, junta-se a crise económica com os devastadores feitos conhecidos no desemprego.
Parece pois clara a necessidade de que as políticas sociais atentem e considerem a questão do género face à maior vulnerabilidade que nesta matéria caracteriza as mulheres, designadamente as mais idosas e as que vivem em situações de família monoparentais.
Torna-se também necessário que as políticas sociais contenham princípios de diferenciação e de discriminação positiva recorrendo menos a critérios de elegibilidade estabelecidos em abstracto e de aplicação administrativa e burocrática.
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