De há muito tempo temos vindo a habituarmo-nos a que os estudos sobre a nossa realidade evidenciem resultados ou padrões distintos dos outros países com que é legítima a comparação.
Agora é o estudo que mostra como a nossa saúde mental anda pelas ruas da amargura. Só mesmo os americanos parecem mais "perturbados" que nós e os espanhóis não atingem sequer metade da nossa taxa de perturbação.
Parece ainda relevante sublinhar que a área de maior prevalência de problemas é a das perturbações da ansiedade o que até não surpreende face ao nosso quotidiano.
Sendo poucos os dados em que nos distinguimos pela positiva, começa a ser preocupante esta conjugação negativa de dados e padrões que nos caracterizam nas mais diversas áreas de funcionamento. Tudo isto representa uma séria ameaça à nossa auto-estima e à confiança que seria importante sentirmos.
Temo que, estando em discussão a versão V do Diagnosis and Statistical Manual of Mental Disorders a publicar em 2013, que ainda possa surgir uma entidade clínica capaz de explicar esta estranha atipicidade dos portugueses e transformar-nos numa espécie de case study para a comunidade científica internacional, em diferentes áreas.
Já faltou mais.
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