O miúdo que está desaparecido no Tua terá informado o irmão e alguns colegas de que se ia atirar ao rio por já não suportar as situações de agressão a que, com alguma frequência, seria sujeito por parte de alguns colegas da escola. Era conhecido um episódio mais grave que motivou assistência hospitalar. Alguns colegas testemunham a situação, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens refere que a criança não se encontrava referenciada (em Portugal só existe o que está "referenciado") e o director do agrupamento de Escolas que o miúdo frequentava nega a existência das situações de agressão.
Por coincidência, foi divulgado um trabalho da Universidade do Minho realizado em escolas da região de Bragança em que se encontrou que 1 em cada 4 crianças já terão sido vítimas de bullying. Para não variar, os directores dos agrupamentos escolares da região negaram aqueles resultados, conforme a imprensa refere.
Esta tragédia é uma situação paradigmática. Uma criança é, reconhecidamente, vítima de abusos regulares por parte de colegas na escola e quem deve zelar pelo seu bem estar, mais do que não estar atento, ou não tem a crianças referenciada, pelo que o problema não existe, ou pior, por negligência, incompetência e irresponsabilidade, nega a realidade.
Esta tragédia, não podia acontecer. Falhámos onde não se pode falhar.
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