terça-feira, 26 de janeiro de 2010

PELA NOSSA SAÚDE

Um estudo hoje divulgado pela DECO sobre a acessibilidade dos portugueses aos serviços de saúde revela alguns dados inquietantes.
Em primeiro lugar, seis em cada dez famílias exprimem dificuldades em suportar as despesas com a saúde. Destas, quase metade adiaram o início de terapias e cerca de 40% nem pondera iniciá-las por questões económicas. Cerca de 20% contraíram créditos para este efeito, a maioria no último ano.
Sabemos também que contamos com cerca de 18% de pessoas em situação de risco de pobreza, sendo que entre a população idosa o número é maior, 22%.
Este cenário evidencia as dificuldades enormes que milhões de portugueses sentem no que respeita ao acesso a um direito, o direito a cuidados básicos de saúde. Esta situação é hoje reconhecida pela Ministra Ana Jorge.
Quando se pensa nesta situação e na dimensão social do estado exercida através das políticas sociais que muitos querem ver reduzidas, fica evidente como um Serviço Nacional de Saúde eficaz e verdadeiramente UNIVERSAL é imprescindível. Não vão fáceis os tempos para a preocupação com o outro, neste caso com a saúde do outro, Obama que o diga face às dificuldades que tem experimentado no alargamento do acesso à saúde algo de que milhões de americanos têm estado arredados.
Mas é também por questões desta natureza que se afere o grau de desenvolvimento das sociedades. Estou a falar de ética e valores e não, fundamentalmente, de PIB.

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