Um dia destes ouvia um gaiato do 1º ciclo a queixar-se que de vez em quando não acertava nas contas, a professora chateava-se e ele ficava aborrecido. Fiquei a pensar na preocupação do gaiato com as contas certas.
Pensando bem, as contas que envolvem os miúdos dão muitas vezes, demasiadas vezes, resultados errados. Algumas vezes basta ver, como se diz na escola, as contas armadas para perceber que não vão dar certas, o resultado vai ser completamente desastrado.
Curiosamente acho que nós adultos erramos mais as contas que os miúdos apesar de na nossa idade já podermos recorrer às calculadoras. Nem assim.
Não sei se esta propensão para falharmos as contas se deverá a um trabalho menos competente dos nossos professores mas creio que as razões serão outras. Creio até que quando estávamos na escola acertávamos mais do que em adultos.
Vejam como os analistas e economistas falharam redondamente nas contas com o resultado trágico que está à vista. Reparem como tanta gente se vê com as contas completamente furadas e com a vida do avesso. Também podemos lembrar a quantidade de erros que as lideranças políticas evidenciam nos seus cálculos porque cálculos fazem, e muitos.
O mais curioso disto tudo é que o gaiato parecia-me mais preocupado com o facto de errar nas contas que fazia na escola do que os adultos que também erram.
Provavelmente quando crescer deixa de se incomodar. Ou talvez não, espero.
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