quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

ARRANJEM-ME UMA FAMÍLIA, POR FAVOR

Arranjem-me quem goste de mim, quem cuide de mim, pode ser uma família, de quem eu goste e que me ajude a ser gente de bem”.
Está na agenda a questão da adopção, sobretudo pela eventual decisão legislativa sobre a adopção por parte de casais de homossexuais. Assisto com alguma curiosidade e, por vezes, perplexidade às diferentes vozes e opiniões.
Nas mais das vezes, do meu ponto de vista, é esquecido a criança, as crianças ou, na versão oficial, o “supremo interesse da criança” tão proclamado e tão desprotegido. Para ilustrar esta ideia e sempre a pensar na adopção talvez fosse de atentar na situação hoje relatada no CM de uma criança que começou por ser abandonada pela mãe, fica com a avó cega, é institucionalizada e demora 11 anos a entrar na lista de adopções. É também conhecida a dificuldade que em Portugal se sentem nos processos de adopção e a quantidade excessiva e inaceitável de crianças institucionalizadas.
Neste quadro, para além dos valores evocados, certamente de ponderar, parece-me sobretudo não esquecer as crianças, o seu bem-estar. Por isso renovo o apelo com que comecei este texto.
Arranjem-me quem goste de mim, quem cuide de mim, pode ser uma família, de quem eu goste e que me ajude a ser gente de bem.”

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