quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

NEGOCIAR E "GANHAR - GANHAR"

Ouvir ou ler que o Governo está ou vai iniciar negociações com diferentes parceiros sobre matérias em que deve decidir, é um facto relativamente novo no cenário político português dos últimos anos.
Diz-se que os processos de negociação têm três finais possíveis, "ganhar - perder" em que uns ganham e acham que fizeram um bom negócio enquanto outros perdem sentindo que fizeram um mau negócio, "perder - perder" em que todos os envolvidos acham que fizeram um mau acordo e o terceiro, "ganhar - ganhar", em que as partes envolvidas entendem que fizeram o melhor acordo possível.
Esperemos que as negociações sobre as decisões políticas de fundo se encaminhem para um final de "ganhar - ganhar". Para que isto aconteça é fundamental que os "negociadores" coloquem os interesses gerais acima dos interesses particulares, é preciso que os "negociadores", não esquecendo as diferenças, encontrem as convergências que tenham como objectivo último as condições de vida das pessoas.
A praxis política dos últimos anos não me deixa ser muito optimista, mas considerando a situação grave que atravessamos, os problemas dramáticos que milhões de pessoas e famílias sentem, quero acreditar que os "negociadores" se empenhem genuinamente em estabelecer os melhores acordos possíveis, ou seja, os que mais úteis possam ser para os portugueses.

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