Quando surgiram as primeiras informações sobre a Gripe A tive, como creio que qualquer cidadão minimamente atento, a preocupação de me informar sobre riscos e implicações. A campanha entretanto desenvolvida assumiu proporções nunca antes atingidas o que contribuía para nos convencermos que a ameaça era séria. Devo também dizer que também não me sentia muito convencido de tudo o que era dito face ao que ia acontecendo noutras paragens. Os números entretanto conhecidos e a evolução verificada vieram, felizmente, a demonstrar a benignidade do vírus e os seus efeitos ficaram muito aquém das previsões catastróficas que a pandemia “deveria” provocar. Recentemente, as dúvidas levantadas por elementos do Conselho da Europa vieram recolocar as reservas sobre toda a abordagem à questão da Gripe A. Ao que parece, também em Portugal se procede à renegociação da encomenda de vacinas e o fabricante não quer, obviamente, perder receita pelo que o eventual excedente pode ser trocado por outros produtos.
Numa outra área, soubemos que o Ministro das Finanças e o Governador do Banco de Portugal não estavam de todo à espera do défice atingido pelas contas públicas o que, mais uma vez, me deixa algo perplexo.
Se as autoridades competentes e os especialistas não conseguem prever de forma minimamente eficaz os desenvolvimentos em áreas que tutelam e de que são responsáveis, como poderá o cidadão comum confiar nas lideranças e acreditar nos seus discursos. Se não duvidarmos da sua competência, poderá então colocar-se a sua seriedade e a existência de outros interesses que nos escaparão. Ou talvez não.
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