sábado, 9 de janeiro de 2010

HAJA PUDOR

Como é evidente, em cargos de nomeação existe um poder discricionário de quem nomeia que é incontornável. É para combater esta discricionariedade que muitos cargos e funções devem ser ocupados mediante concurso. O Governo, usando o seu poder discricionário, nomeou Maria de Lurdes Rodrigues para presidente de uma das mais importantes fundações, a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. Não estranho, estamos em Portugal onde a função nem sempre se liga ao currículo e ao mérito. Curiosamente isto acontece na mesma data em que o acordo entre ME e os sindicatos dos professores demonstra o quão erradas estiveram as posições da equipa chefiada por Maria de Lurdes Rodrigues. De facto, os aspectos que mais questões levantaram e mais incompetentes se revelavam caíram no acordo estabelecido.
Neste quadro, do meu ponto de vista entende-se mal como a acção politicamente desastrada é “premiada” com a presidência da FLAD. Mandaria o pudor e o bom senso que se guardasse um período de nojo antes de encontrar um belo “job” para uma “girl” aplicada.
A propósito de falta de pudor parece-me também interessante o lançamento de um livro de natureza auto-biográfica por Pedro Passos Coelho onde também, parece, apresenta algumas ideias para o país. Telegraficamente, o Dr. Passos Coelho nasceu em 1964, licenciou-se em Economia já para o tarde, impedido certamente pela presença no aparelho do PSD desde que aos 13 anos entrou para a JSD. Começou a trabalhar em 2001 o que demonstra a longuíssima carreira profissional. Pois esta vida dá direito a um livro auto-biográfico.
Haja pudor que é coisa que desapareceu da cena política portuguesa.

Sem comentários: