"Aulas de compensação vão recair sobretudo nas disciplinas com exame este ano lectivo"
Como seria de esperar, a
minimização dos efeitos da processo de colocação de professores em muitas
escolas não está a ser não vai ser tarefa fácil. Aliás, só mesmo a médio prazo
estas consequências se poderão atenuar.
Como também era evidente, os anos
em que se verificam exames são os que maiores dificuldades colocam a alunos e
professores.
Neste sentido, as escolas estarão
a privilegiar os anos com exame para a promoção de aulas de compensação que, em
todo o caso, não serão suficientes em muitos casos para equilibrar aulas não
dadas, para além dos inconvenientes de natureza pedagógica.
Parece também ser consensual que
não é desejável aumentar as cargas horárias dos alunos na proporção das falhas
verificadas, tornaria a vida de muitos alunos numa overdose escolar contraproducente.
Neste cenário e como ficou claro
desde o início as dificuldades são enormes e as iniciativas das escolas serão diversificadas
consoante os recursos e as prioridades.
No Público lê-se que, em pelo
menos em dois agrupamentos, as aulas de compensação decorrerão nos tempos que
estavam destinados a apoio a alunos com mais dificuldades que, por sua vez,
deixarão de ter esse apoio.
Entende-se as dificuldades das
escolas que estão a tentar, de forma empenhada e com escassez de recursos, minimizar a incompetência e irresponsabilidade do MEC, mas não é possível ler
sem um sobressalto, a compensação das aulas perdidas por responsabilidade de
Nuno Crato é conseguida retirando tempos de apoio a alunos com dificuldades.
Não pode, não deve acontecer. É
uma indignidade resultante de outra indignidade, a incompetência e falta de
responsabilidade do MEC.
Quem vai explicar este tipo de
situações aos pais dos alunos privados de apoio? Que lhes vai acontecer e quem
assume a responsabilidade? Os directores dos agrupamentos? Será justo que assim
seja?
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