A Ministra das Finanças afirmou
hoje que no âmbito do orçamento para 2015 e tal como tem acontecido, "A classe média acaba por ser a grande
sacrificada, porque se procura sempre proteger quem tem menos recursos e
porque, infelizmente, ricos temos poucos. Se tivéssemos mais, facilitaria, mas
em Portugal, de facto, não há muitos.
Só lhe faltou retomar o mítico slogan
"os ricos que paguem a crise".
Acontece que o enunciado de Maria
Luís Albuquerque não tem correspondência com a realidade. Nos últimos anos e
assim vai continuar a acontecer por opção política do Governo, o empobrecimento
foi definido como a salvação. O resultado, os indicadores mostram-no, foi o aumento da pobreza, da envergonhada e da
visível, e da exclusão, os grupos mais vulneráveis, velhos e crianças duramente
atingidos, um desemprego brutal, a falência de milhares de pequenas e médias
empresas, etc. Do outro lado da escala, os indicadores também evidenciam, a
assimetria na distribuição da riqueza aumentou e os ricos, poucos,
evidentemente, tornaram-se mais ricos.
Posso discordar das políticas mas não me choca que Maria Luís
Albuquerque as defenda, é responsável e co-responsável. Já me
embaraça o despudor e a insensibilidade das palavras utilizadas.
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