"Quantos professores irão para casa? A resposta chega hoje"
Repito o que já escrevi sobre a "requalificação" de professores
"O MEC tem
decididamente os professores portugueses em má conta.
Obriga docentes já
com experiência e avaliados a submeterem-se a uma sinistra Prova de Avaliação
de Conhecimentos e Capacidades que na sua estrutura e conteúdos constitui um
instrumento que nada tem a ver com capacitação para desempenhar a função de
professor.
No âmbito dos
cortes dos recursos humanos na administração pública decide enviar o que
considera professores sem componente lectiva, que segundo promessas anteriores,
não existiriam, para uma coisa chamada de "regime de requalificação".
Como?
Requalificação? Os professores constituem, evidentemente, um grupo profissional
altamente qualificado. Dizer que alguns destes profissionais que, fruto da
política contabilística em que se transformou boa parte da política educativa
são empurrados para fora da escola, embora sejam necessários, vão passar para
um "regime de requalificação" é mais um destrato e desrespeito por
uma classe que, lamentavelmente, já não estranhará.
É claro que o
"regime de requalificação" é a antecâmara do desemprego, os
professores envolvidos neste processo não vão ficar "requalificados",
vão ficar desempregados.
Poderiam poupá-los
à humilhação indigna de afirmar que o seu futuro passa pela
"requalificação".
Ainda a propósito de "qualificação",
"requalificação" ou da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades
lembrei-me do Senhor Secretário de Estado Dr. Casanova de Almeida, mas
não estou a perceber porquê."
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