Casada a princesa, morto o vilão, a história podia acabar e acabava bem, como devem acabar as histórias com princesas e vilões.
A questão é que a história não acabou e, para além disso, não parece nada bem.
Vejamos como ela se continua escrever. O Dr. Passos Coelho, que se considera o futuro primeiro-ministro escreve no “Finantial Times” que o recurso a empréstimo estrangeiro, chamam-lhe ajuda, é deprimente.
O Eng. José Sócrates, que se considera o futuro primeiro-ministro anda em campanha eleitoral numa não menos deprimente tentativa de se manter no poder. Esta campanha é atacada por toda oposição, sendo de destacar o PSD, por coincidência o partido do inimputável Jardim, o homem que é um modelo de inaugurações em campanha eleitoral. Deprimente no mínimo estes discursos que nos pretendem fazer de tolos.
O Dr. Portas, o Paulo, que também já se considera o futuro primeiro-ministro, veio dizer que está quase preparado para tal, portanto, é só esperar mais um pouco porque ele merece a função. Deprimente a ideia.
Por outro lado, continua o deprimente envio de cartas entre o PSD e o Governo de que se esperam resultados extraordinários e que o Dr. Canas com a finura de análise que o caracteriza já veio dizer que são ridículas as cartas enviadas. Já Pessoa achava ridículas as cartas, mas Pessoa era um poeta e falava de cartas de amor.
Entretanto, como a narrativa não pára, os investidores estrangeiros que estão em Portugal, também conhecidos por troika, defendem, ao que parece, que as pensões a partir dos 600 € sejam objecto de cortes, ideia que não é menos deprimente.
De facto, a história, além de não ter acabado, está mesmo transformada numa narrativa deprimente.
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