Porque me parece oportuno, face ao estado da arte da política no Portugal dos Pequeninos, deixo um estória que há poucos dias aqui poisou.
O Zezito e o Pedrito andam no mesmo jardim-de-infância. O Zezito foi escolhido pelos outros miúdos (alguns) para delegado de turma.
Mas a coisa não tem corrido bem, o Zezito deixou estragar os brinquedos quase todos da sala, só os miúdos mais ricos é que ainda brincam porque têm brinquedos que trazem de casa. Ninguém se entende e os miúdos da sala fazem grupos. O Pedrito é o chefe de um desses grupos, o maior, e agora quer ser ele a mandar na sala. Uns miúdos acham bem, outros miúdos acham mal e a coisa parece não ter grande solução.
Como isto já se arrastava e os brinquedos estavam mesmo a acabar, vieram umas pessoas de fora dizer a toda a gente que as coisas não podem continuar assim, que é preciso que se entendam e mais coisas. E até dizem que se eles se entenderem e se portarem bem, trazem brinquedos novos para a sala.
Mesmo o director do jardim-de-infância e outros que já foram directores, andam a dizer que o Zezito e o Pedrito têm que ser amiguinhos, que é mais bonito e que a sala funcionaria melhor.
Eles não querem, mas como muitos dos outros miúdos já estão fartos de não ter brinquedos também acham que eles deviam ser amiguinhos.
O Zezito, assim com um ar de amiguinho, já veio dizer que pois, se tiver que ser e tal, mas o Pedrito como é mais novo e tem que se armar em forte diz que não quer ser amiguinho do Zezito, uma espécie de birra, própria da idade dos dois.
E a coisa anda assim na sala deste jardim-de-infância.
Tudo isto seria um jogo, mal jogado é certo, se não estivesse em causa os brinquedos da maioria dos miúdos, os que não têm dinheiro para os comprar e que precisam desesperadamente de brincar.
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