Hoje tive que fazer na minha escola a prova aferida de Português. Ando no 6º ano e estava um bocadinho nervoso. Os meus colegas também estavam. Os setores tinham avisado a gente para não estarmos nervosos porque nós sabíamos as coisas e a prova não seria mais difícil que os testes que fazemos nas aulas. Mas é um exame e mesmo sem querer ficamos nervosos.
Eu acho que não sou mau aluno, não tenho sempre 5, tenho até mais 4 e 3, mas sei algumas coisas e a prova correu bem. A outros colegas com quem falei também correu bem e setora de português disse que esperava bons resultados nossos. Só a Cátia é que achava que não tinha feito bem lá umas coisas.
Mas eu estou a escrever porque não percebemos porque é que discutem tanto estas coisas das provas e as outras coisas todas. Toda a gente está sempre contra alguma coisa, ou mesmo contra tudo, uns dizem que as provas são fáceis, outros que a gente não sabe nada, outros que as provas estão mal feitas, outras que não deveriam existir, outras que nem todos os alunos deviam fazer as provas, outros que deveria haver provas noutras disciplinas, outros que as provas são muito importantes, outros que as provas avaliam os professores e eu não percebo isso porque a gente é que as faz, outros porque a escola fecha para os alunos que não têm provas e assim.
Vocês desculpem mas a gente fica cansada. Temos que fazer as provas e ainda ouvimos toda gente a discutir por causa delas e ninguém se interessa por a gente, com o que a gente pensa, está mal.
Eu acho que vocês que já cresceram, parece, se deveriam organizar e arranjar menos confusão, a gente não tem tempo para essas cenas, precisamos de crescer e aprender, deviam pensar nisso, já são uns homenzinhos e umas mulherzinhas.
Zé
1 comentário:
Obrigada, Zé, pelo teu testemunho tão sincero, que nos pode ajudar a todos a crescer, tanto a professores, como a pais ou outros educadores. Na verdade, passa-se demasiado tempo a opinar, quando mais importante que tudo é garantir aos jovens alunos um ambiente de calma e segurança psicológica que os possa ajudar a criar gosto pela aprendizagem e os incite a cultivar o "bichinho" do conhecimento.Olha, eu sou mãe e professora e aos meus alunos aconselhei o seguinte:" O que sabem, sabem; o que não sabem, paciência. Quero que durmam bem e tomem um bom pequeno almoço. Venham em forma e façam o melhor possível!" Penso que tal como eu muitos outros professores devem pensar e agir. Vamos, então, todos
tentar chegar mais perto dos nossos alunos e dos seus interesses e necessidades reais!
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