Uma equipa de investigação da Escola Nacional de Saúde Pública chegou à conclusão, refere o Público, de que cerca de 10% dos doentes que recorrem aos hospitais desenvolvem problemas de saúde acrescidos por erros de intervenção. Das pessoas afectadas, 10.8% acabam por falecer e também entre todos os casos ocorridos, apenas em 0.8% o próprio ou familiares são informados.
Estes indicadores não são substancialmente diferentes do que se verifica noutros países, o que não é mau.
Como é óbvio o factor erro está presente em qualquer actividade humana. A grande questão não é eliminá-lo mas, tanto quanto possível, minimizar o risco de ocorrência. No entanto, parece-me bem mais significativo e grave que só numa percentagem residual as pessoas vítimas destas circunstâncias ou os seus familiares sejam informadas do quadro real.
Se existem áreas em que a confiança nos profissionais e nas instituições é essencial, uma dessas áreas será a saúde, tal como a justiça, por exemplo.
Não podemos deixar instalar a ideia de que o recurso ao hospital seja uma ameaça pelo risco de erro profissional e de que, sobretudo, de que nada nos seja dito sobre o que nos acontece ou pode acontecer.
As dificuldades que enfrentamos são inúmeras, os níveis de confiança da maioria de nós face a diferentes aspectos estão já muito em baixo, todos os dias constatamos tal cenário.
Deixem-nos, pelo menos, confiar em que quando estamos doentes e procuramos ou precisamos de ajuda hospitalar, não vamos sofrer ou morrer com a ajuda.
Sem comentários:
Enviar um comentário